A proposta dialoga diretamente com os princípios de produção e consumo sustentável, tanto na escolha dos materiais quanto na abordagem criativa. Buscou-se utilizar recursos de baixo impacto ambiental, priorizando técnicas e suportes que minimizam o desperdício e valorizam a durabilidade das obras. Essa decisão reforça a ideia de que a arte pode e deve ser um agente de conscientização e mudança em prol de um futuro mais equilibrado. Ademais, optou-se pelo uso mínimo de materiais no emolduramento, dispensando o vidro, o que torna a imagem mais próxima e tátil, evocando a experiência de uma tapeçaria. Em estreita relação com a minha prática artística, essas paisagens refletem minha constante investigação sobre a harmonia entre elementos naturais e simbólicos. Meu trabalho busca criar imagens que, além de esteticamente envolventes, carreguem uma narrativa visual que desperte reflexão e diálogo. Ao contemplar essas imagens, o espectador é convidado a refletir sobre o papel do ser humano na construção de um mundo mais justo, onde os recursos são compartilhados de maneira equitativa e a natureza é respeitada como parte essencial desse equilíbrio. Assim, essas obras não são apenas representações visuais de um espaço natural, mas também um convite à reflexão sobre nosso impacto no planeta e na sociedade. A arte, nesse contexto, se torna uma ponte entre estética e ética, reafirmando seu poder transformador.