Este conjunto de três peças, embora concebido como um tríptico, funciona simultaneamente como um projeto autónomo e independente de qualquer tapeçaria futura. É um “2 em 1” que transcende a sua função inicial como cartões para tapeçaria, assumindo-se como obras completas e interativas, portadoras de uma mensagem cíclica e intemporal. A ideia germinal para estas obras nasceu da frase marcante ouvida durante a visita ao Museu, dita por Ana Portugal: “Este é um museu pobre e quer aumentar o seu espólio”. Entendida como um convite a pensar no contributo que as peças poderiam oferecer ao espólio do Museu – não apenas como suporte para uma tapeçaria vencedora – como um conjunto de criações artísticas autónomas, dotadas de significado e potencial de interação com o público. Conceito Geral O tema central deste tríptico é a Justiça, a Paz e a Sustentabilidade, ideias que se materializam através da interação do observador com as peças. A interação aproxima o público da obra, desmistificando a sua intangibilidade e permitindo um envolvimento ativo e transformador. Cada quadro convida a uma ação que desencadeia uma reação: plantar, semear, germinar e/ou vice-versa. As três peças contam uma história de ciclo e transformação: flores, frutos e sementes entrelaçam-se numa narrativa contínua, sem princípio nem fim. Juntas, representam o equilíbrio da vida e da natureza, mas cada uma pode ser vista e interpretada de forma independente. Conceito Cíclico e Interativo As três obras estão interligadas por uma narrativa cíclica que reflete a natureza da vida: flores, frutos e sementes. Não existe uma ordem fixa para as ver ou para interagir com elas – cada peça tem autonomia, mas juntas ampliam o impacto da mensagem. O conjunto apela ao observador para participar na criação e evolução da obra, um convite simbólico a agir pelo bem comum. É a interação que fecha o ciclo e materializa os conceitos de Justiça, Paz e Sustentabilidade. Conclusão Este tríptico foi concebido com a intenção de contribuir para o espólio do Museu, não apenas como cartões para tapeçaria, mas como obras autónomas que enriquecem a coleção com significado e interação. As peças -“Em Pé de Igualdade”, “Está nas Tuas Mãos” e “Não SeMente” – não são apenas arte; são também sementes metafóricas plantadas no público, que germinarão em reflexões sobre a vida, a justiça e o equilíbrio. Estas obras representam um ciclo de vida, uma narrativa de transformação e um convite à ação. Porque, tal como as sementes, as nossas ações têm o poder de mudar o mundo.